Não é surpresa para ninguém que a pandemia do Coronavírus trouxe significativas mudanças no ambiente profissional, causando impactos para empresas e para seus colaboradores.
Tudo mudou, tivemos que nos adaptar às pressas, sob pena de colher efeitos ainda mais danosos para nossos negócios.
Entretanto, infelizmente ou felizmente, alguns profissionais tiveram que se reposicionar devido à um desligamento inesperado, ou às dificuldades em manter o rumo de seu negócio, que pode ter se tornado obsoleto e/ou inadequado para o momento após pandemia. Digo felizmente porque, muitas vezes, como diz a máxima: há males que vem para o bem! E é exatamente sobre isso que vamos abordar.
Uma mudança repentina, a princípio, traz desconforto, angústia, preocupação, mas a decisão de tornar a mudança benéfica e proveitosa é de cada um de nós, portanto, é uma decisão pessoal. Humanos são seres em constante evolução e têm a incrível capacidade de se adaptar às adversidades.
Neste contexto, temos observado duas expressões que vêm sendo amplamente usadas: upskilling e reskilling. E o que significam? De modo bem simples, podemos dizer que “upskilling” significa que um profissional decidiu continuar a se desenvolver/ aperfeiçoar naquilo que ele já têm domínio e “reskilling” significa que o profissional optou por se requalificar, readequar e portanto, se readaptar para uma nova realidade.
Assim, independentemente do caminho que você escolheu trilhar, mesmo que impulsionado por algo inesperado, como citado acima, é preciso inovar, ou seja, transformar uma ideia em resultado, através de melhorias, adequação e criatividade. Trata-se de um processo de mudança comportamental e a inovação pessoal é a base para a transformação cultural, através da qual podemos gerar benefícios para a humanidade.
Vejam como um processo de mudança de comportamento pode ter um alcance muito além de cada pessoa que opta por quebrar paradigmas e escolhe substituir hábitos e se reinventar. Essas mudanças, em massa, podem fazer uma grande diferença para toda sociedade, na medida em que estamos falando da transformação cultural.
Muitas vezes realizamos coisas no automático e isso é muito prejudicial na evolução de uma sociedade. Temos que sempre buscar propósitos que gerem benefícios, não só para nós mesmos, mas para todos. Nesta toada que devemos direcionar nosso processo de inovação pessoal. Precisamos de pessoas positivas, visionárias e que pensem no todo.
Segundo a fundadora da I9Exp e mentora nos cursos de Inovação Pessoal, Suzana Soncin, “há uma jornada a trilhar na busca da inovação pessoal que começa com a decisão de quebrar paradigmas e segue com os seguintes passos: associar-se, questionar, observar, fazer networking, benchmarking e experimentar”. Além disso, ela dá dicas de como estudar o futuro através da análise das profissões e as novas possibilidades do mercado. Tudo isso para que cada pessoa, possa escolher passar por processos de “upskilling” ou “reskilling”, de acordo com seu objetivo.
Na verdade, o que mais importa é sua decisão, não adianta sair achando culpados, lamentar e entrar num processo vicioso de desculpas. Cabe a cada um de nós decidir mudar, adaptar-se, renovar e transformar, enfim, olhar para dentro de si. Escolha o caminho que você quer trilhar, encontre bons mentores para te direcionar, apoiar e seja feliz no seu “dream job”.
Ana Jarrouge, Presidente Executiva da SETCESP
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