A produção de mercadorias pode ser uma tarefa complicada a depender dos cuidados na hora de evitar os desastres ambientais ou perda do material a ser entregue. É o caso do transporte de cargas secas, que incluem os produtos químicos e perigosos. Devido às peculiaridades de trabalhar com eles, as indústrias confiam em nós – empresas da área de transporte e logística, especializadas nesse segmento – para garantir a qualidade no envio desde às fábricas até os pontos de distribuição ou venda.
O fato de sermos uma transportadora que atua há 50 anos no mercado e possuirmos a tradição familiar, torna a qualidade do serviço consistente e expande o reconhecimento da nossa marca no território nacional e em todo o MERCOSUL. Contudo, a confiança que os clientes colocam na nossa empresa justifica-se, sobretudo, pela qualidade do nosso trabalho, ainda mais quando o assunto são as cargas químicas/perigosas.
É necessário estar atento às demandas ambientais e à segurança das equipes envolvidas no transporte quando tratamos desse tipo de produto. Eles envolvem cuidados específicos que, se não seguirmos à risca, podemos causar danos irreversíveis ao meio ambiente.
Assim, observo que a preparação começa a partir dos veículos escolhidos. Utilizamos, para o transporte de cargas secas, os caminhões de carroceria aberta, porta containers, furgões lonados (tipo sider) e os caminhões baú. Além dos tipos de caminhões, é importante dizer que cada cliente tem uma necessidade e o veículo poderá ser montado para atender à operação contanto com outros equipamentos, como cofres de cargas, plataformas ou muncks.
Cuidamos, também, da adequação às mais de 400 leis, normas, portarias, decretos e o cumprimento das competências necessárias para aquisição da documentação própria exigidas ao setor de transporte pelos órgãos públicos. A inclusão desses procedimentos nas empresas nem sempre é óbvia e demanda, além da contratação de profissionais especializados, o compartilhamento dos detalhes que apenas os empresários do setor conhecem pela experiência em lidar com esses assuntos diariamente.
Sendo assim, o diálogo entre os transportadores é essencial para o crescimento do TRC. No meu artigo publicado em maio deste ano, enfatizei o papel que o Projeto 25 da ABLTP (Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos) - grupo que eu me orgulho de participar – tem na disseminação das boas práticas e condutas do setor.
Uma das diretrizes que sempre trazemos nos encontros entre os participantes é o treinamento prévio com os profissionais envolvidos nesse tipo de transporte. Toda a equipe tem orientações específicas, portanto, precisamos trabalhar com cada grupo separadamente e estar atento às diferenças encontradas no tipo de atividade.
Nas emergências que podem surgir durante as operações, contamos com o apoio de empresas que nos auxiliam em casos específicos, como o vazamento dos produtos químicos e durante todo o ano, um cronograma de treinamentos internos é seguido a fim de dar ao motorista e o ajudante condições de lidar com emergências, desde o isolamento da área ao acionamento das equipes que, de fato, farão o atendimento da ocorrência.
Em postagem que realizei no meu Instagram, no dia 3 de agosto, falei um pouco sobre a importância do uso da tecnologia em favor das empresas de transporte que nos auxiliam na gestão das operações, bem como na identificação de acidentes que podem ser tratadas anteriormente, mitigando outros riscos. Na Zorzin, utilizamos, por exemplo, o sistema de telemetria para monitorar as atividades dos colaboradores e o tempo de jornada dos caminhoneiros.
E quando o assunto é segurança, o serviço não se sobrepõe à vida dos colaboradores e nem a de outros cidadãos, logo, tudo o que puder ser feito no sentido de diminuir e excluir os riscos deve ser feito. Todos os esforços são válidos nesse sentido.
Transportar produtos com alto valor agregado nos deixa vulneráveis aos roubos de carga. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 3 de maio de 2021, o Brasil registrou mais de 14 mil ocorrências em 2020.
O dado representa uma queda de 23% em relação a 2019 – resultado dos esforços das entidades e empresas do setor em parceria com o poder público. Contudo, o cenário continua a prejudicar o orçamento das transportadoras, e precisamos nos unir na busca por soluções. Justamente por causa disso, me reuni com os colegas: Joyce Bessa, Luiz Gustavo Nery, Diego Nazari e Antônio Lodi, no primeiro episódio do podcast “IT Talks – Segurança no TRC”, para conversamos a respeito dos custos no TRC.
O conteúdo está disponível no Spotify e pode ser acessado pelo link:
Gislaine Zorzin, Diretora Administrativa da Zorzin Logística
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